segunda-feira, 11 de março de 2013

Imperdível - Vivência de Capoeira Angola com o Mestre Jogo de Dentro

Nesse fim de semana teremos uma programação mais que especial:
O Mestre Jogo de Dentro (Discípulo de Mestre João Pequeno e Fundador do Grupo Semente do Jogo de Angola), estará em São Paulo, para uma vivência com muita Energia, Conhecimento, Resistência, Jogo, Vadiação, Fundamento, Ancestralidade e muito mais...
O Mestre está chegando da Bahia (depois de dar mais uma circulada pelo mundo a fora) e aos praticantes e/ou admiradores da Capoeira, é uma daquelas oportunidade únicas...


Dias 15, 16 e 17 de Março!!!

15/03 - Das 20h às 22h 30 - Abertura da vivência com Roda de Capoeira e Samba de Roda (atividade aberta)
16/03 - Das 10h às 12h - Movimentação e Resistência
             Das 14h às 16h - Musicalização, instrumentação e canto
             A partir das 16h - Roda de Capoeira (apenas para os participantes da vivência)
17/03 - Das 10h às 12h - Aula de Movimentação e Fundamentos
            Das 14h às 16h - Roda de Capoeira no Parque do Ibirapuera

Valor total da oficina - R$30,00
Informações pelo tel: 993241389 (Com Simone Iara ou Contra Mestre Fábio Formigão)




quarta-feira, 6 de março de 2013

SARAU DA MADRUGADA – 1º de março, segundo do ano

RODA DE CAPOEIRA
“Era uma sexta-feira, sexta é dia de roda, a roda de Capoeira”. Primeira sexta do mês, e logo no dia 1º, para receber março com muito axé! A vadiação, comandada pelo nosso Contra-Mestre Formigão, contou com a presença dos alunos do grupo Semente do Jogo de Angola e dos camarados Contra-Mestre Cenourinha, Dá Lua, Womualy,  do pessoal do grupo Massapê Capoeira, e da galera que foi chegando para ver  a roda e para construir mais um Sarau da Madrugada com a gente. 
Contra Mestre Formigão canta pra seu aluno, Cobra Fumando
Bateria de camarados...
A bateria atenta e em sincronia
Era aniversário do Cobra (Leandro), aluno antigo, que chegou ainda criança no grupo. Capoeirista aniversariante tem que ficar mais tempo na roda que todo mundo. "O menino é bom, bate palma pra ele"! Segurou firme até o 'Adeus, adeus'.
Leandro (Cobra Fumando) e Contra Mestre Cenorinha
Contra Mestre Cenorinha, vadiando
Chamada de Angola (só quem sabe o significado, entende...)
Vadeia daqui, vadeia de lá, a roda chegou ao fim e era hora de sambar. Mas, devido ao adiantado da hora, decidimos mudar a ordem dos fatores. Claro, sem alterar o produto.




SARAU DA MADRUGADA      
Poema Novo
Alfaia, chimbal, cajón, pedestais, baixo, violão, amplificadores... O show estava armado, completo. Mas, completo mesmo era o quinteto que vinha colocar tudo isso para funcionar. Banda Poema Novo, e o prazer é todo nosso. Abriram a apresentação com ‘Árvore dos Olhos’ e, em ‘Espelho’, já tinha gente dançando.  O ritmo forte da percussão de Alexandre Navarro, do violão de Adriano Nogueira, do baixo de Fernando Correa, e as vozes de Neide Nell e Alexandre Mello faziam parecer estranho quem estava parado. Aí veio ‘Caroço no Angu’, sobre um cabra que “prometeu casamento e não casou, e o angu ficou cheio de caroço”. Paulo Henrique, que já está mais do que em casa no Semente, se apresentou e pediu para tocar o triângulo. “Ô, Paulo, já tá aí?”, no Sarau da Madrugada é assim mesmo e não muda nada.

Neide Nell
Vibrações musicais
Dança, povo!!!
"E o Paulo, Já tá ae???"
E o Poema Novo tocou fogo de vez na galera, que pediu mais de um bis para prolongar aquele barulho bom. Antes de finalizar a primeira entrada, uma homenagem ao baixista Fernando Correa que, além de ser cantor, também era um dos aniversariantes do dia. Eis que a Neide Nell entoa um ‘Happy birthday to you’, com uma voz sexy. Uma espécie de Marilyn Monroe, num visual muito mais interessante. 

Fernando Correa - baixista, cantor e aniversariante
Na segunda entrada da banda, não foi diferente. O povo ferveu de novo e chegou ao ápice com a proposta do Alexandre: o ‘Bedengó’. Formada a roda e dadas as instruções, a dança evoluiu. “Ê, ê, é o bedengó”! Nas fotos vai dar para ver um pouco, mas proponho que acessem o perfil Poema Novo Oficial para acompanhar as atividades do grupo e ver ao vivo o belo show que o Sarau da Madrugada viu. 
Alexandre dá as coordenadas do Bedengó
Bedengó
Cristina Bosch
A próxima convidada especial a se apresentar no sarau era Cristina Bosch, que formou dupla com Nayla Carvalho para mostrar suas composições. “Filhas da casa”, com disse Alan Zas. Antes de começar, a Cris explicou que é professora de percussão e que a Nayla era quem manjava do violão, mas os papéis foram invertidos para fazer aquela brincadeira, que começou com uma homenagem ao Mestre João Pequeno. O refrão dizia: “homem valente é aquele que tem muitos amigos”. Frase do Mestre, que partiu, mas se mantém vivo em cada ensinamento deixado.  
Na sequência, ‘Tantos’. Um reggae delicioso. A babilônia cantada pela voz macia e tranquila da Cris. “São tantos seres, tantos sonhos se cruzando”. Para fechar, ´Água da fonte do cano’, e a “desinversão” de papéis. A Cris assumiu o pandeiro, e a Nayla, o violão. A dupla mandou um samba-rock swingado e cantoria terminou lá no alto, acompanhada pelas palmas, que viraram aplausos.

Nayla e Cris
'Tantos', por Nayla e Cris
Mais tarde, as duas voltaram. Dessa vez, sem explicar nada. Foi no olhar que o público entendeu que deveria acompanhá-las na percussão corporal. Estabelecido o baião, com tapas no peito, estalar de dedos e palmas, entoaram ‘Chumbo de Vidro’, do grupo Comadre Fulozinha. Ainda usando apenas o corpo como instrumento, agora no ritmo do ijexá, fizeram ‘Candombá’, de autoria da Cris. Para encerrar a participação, uma música de Capoeira composta pela Nayla, com direito a imitação de berimbau, na percussão de boca.  Tons de pele e tonalidades de voz misturados em uma sintonia perfeita.

'Chumbo de Vidro'
Nayla e Cris

Marília de Paula
Antes de a Marília completar a sequência de convidados especiais (que nem sempre se apresentam consecutivamente), a Helena Canto, filha da casa também, agradeceu a presença da amiga e do pessoal do Poema Novo. “Pessoas da zona oeste que agora estão vendo de perto o que eu vejo aqui e não consigo explicar”. O sarau é que ficou grato à Helena pelo presente. Grandes artistas!

Max, Marília, Helena
Max Shankman, que veio para acompanhar a Marília no violão, abriu a apresentação sozinho. Tocou a música de um amigo e confessou que já quase se apropriou dela, de tanto tocar: "praticamente roubei". 


(A canção furtada do amigo...)

Logo depois, Marília cantou ‘Queijo suíço’, canção autoral com uma bela receita de como lidar com um coração cheio de buracos. A letra já era divertida, mas ficou ainda mais com a interpretação de Marília, que além de cantora, é atriz. Coisa fina, rapaz! Para fazer ‘Cai o chão’, a Marília assumiu o violão e o Max, com uma flauta hidráulica, um pandeiro e um apito de madeira, garantiu o clima circense da música. Nela, a interpretação também estava garantida, com Max seguindo os versos quase que ao pé da letra. Ao chão, ao alto, arrancando risos da platéia, e até da Marília.

Max e Marília

Microfone e espaço abertos

Com o clássico “eu não quero induzir ninguém”, Alan conduziu Paulo Henrique ao microfone. Quem não se lembra dele é porque não estava no 3º Sarau da Madrugada. Ele veio em outros, mas aquele foi especial. Dá uma olhada depois. Convocado, ele intimou o Alan também, para acompanhar com violão a leitura dos versos de ‘Homem não chora’, de Rolando Boldrin. Para resumir, o resultado foi um misto de palmas e lágrimas, de homens e mulheres.

Paulo e Alan

Depois do Paulo, veio a Andressa, para recitar ‘Socorro’. “É uma música, mas vou ler porque eu não sei cantar”, avisou. E fez bonito! Após ver sua filha de Capoeira se apresentar, o Alan também resolveu fazer a sua, e mandou ‘Paciência’, de Lenine. 


Andreza lendo "Socorro" (... Não estou sentindo nada...)
(...Um pouco mais de Paciência...)
“Para não variar”, como ele mesmo disse, teve Rafael Emílio também. Esse menino está crescendo, o talento transbordando, a carreira decolando... Daqui a pouco a agenda de shows lota e rouba ele da gente, num sarau ou outro. Mas, até o momento, o sarau não sabe o que é acontecer sem sua presença. Para não variar também, canções próprias, do CD Mãe Natura. ‘Deaiá’, ‘Falado Assim’ e, a pedidos, ‘Toque de Índia’. Ainda teve Cazuza, com o Rafa no violão e Adaís Diótrefis no vocal!

Rafael Emílio, pra não variar
Adaís e Rafael
Uma pessoa que, se não aparece, faz falta é Wagner Felipe. Já veio como convidado especial e vem sempre que pode, para ajudar a construir o sarau. “Todo mundo tocando música romântica, vou fazer a minha”. E fez, e foi muito aplaudido.
Wagner Felipe
 Tocando pela primeira vez na casa, Felipe Pedrosa!  Com Djavan, Chico César, Fugees e o acompanhamento de João Pellegrini, no triângulo.
Felipe Pedrosa
No triângulo, João Pellegrini
Samba de Roda, Afoxé e o Café da manhã... em casa!

Festa em casa de Capoeira só vale se tiver samba de roda. Chegou mais tarde do que é de costume, mas com a força que todo mundo já conhece. Na bateria, Contra-Mestre Fábio Formigão com seu pandeiro, Calça-Preta Alan Zas no cavaquinho, Edmarcio (Perninha)), “zelador da Casa”, no atabaque e, no outro pandeiro, Letícia, amiga do pessoal do grupo.

Samba de Roda
Samba de Roda


O bom de fazer o samba mais tarde é que, depois de umas doses de água, fica todo mundo gaiato e cheio de coragem para entrar na roda! Sambaram de dupla, sambaram sozinhos, sambaram fora da roda e o, quando acabou, nada de trégua. “Aqui não tem esse negócio de cansaço, não. É até às 6h! Vamos de afoxé!”. O Calça-Preta mandou, a gente obedece! Até o último sobrevivente. Teve gente que dormiu lá mesmo, mas contar quem foi é deselegante. 

Chindalena no samba do Semente

Sobrevivemos até de manhã, mas a pegada desse sarau foi forte. Depois da limpeza, faltaram forças para o tradicional café da manhã na padaria. Fica o desafio para o próximo, que já rola no dia 5 de abril. Nossos agradecimentos a quem participou, a quem se apresentou, a quem só assistiu, e, principalmente, ao Contra-Mestre Formigão, pelo espaço concedido e pelo axé garantido! 

Afoxé

Até dia 5 de abril, notívagos! Lembrando que toda sexta-feira tem roda e samba, a partir das 20h30. Quem chega para somar está em casa.

Simone e Thais (Abalou Cachoeira)
(... abalou, deixa abalar)
Helena e Kamila (... cadê Salomé, Adão?...)
(... Foi pra Ilha de Maré...)
(... Salomé foi vadiar...)
Edmarcio e Da Lua ( Oh sim, sim, sim...)
(... Oh não, não, não...)
Womualy e Cobra
jogo de dentro, Jogo de fora
Alan e Cobra
Helena, Alan e a chapa de costas
Alexandre Mello
Poema Novo
Max e Marília
Sintonia
Paulo Henrique, 'Homem não chora'

Atenção acomodada
Adaís canta Cazuza
Pessoal da Frida presente




Cris com Poema Novo
Dança, povo....





"O trem corre é por cima da linha"


"Abre a roda, morena..."


Contra-Mestre Formigão


Não ia contar, mas saiu na foto
Neide, Perninha e Alexandre