quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Sarau da Madrugada (Mês de Março)

01 de Março


Vivência no Semente e Roda no Parque

As programações do Núcleo do Semente do Jogo de Angola (São Paulo/SP) de 2013 estão intensas, com algumas novidades e muita energia para que a caminhada seja positiva e vibrante!
Entre as programações mensais, estão inclusas aulas com os Contra mestres do Grupo (os residentes no Sudeste do Brasil), e também Rodas em espaços públicos (como parques, praças, etc)...
Nesse domingo passado (24 de Fevereiro), tivemos então o início dessas atividades, com a vivência trazida pelo Contra mestre Valmir (o convidado do mês).



O Contra Valmir trouxe para nós o que chamou de vivência do dia-a-dia do que ele trabalha com seus alunos, comentou sobre a forma, o ângulo que cada Contra mestre vê a movimentação e os ensinamentos, e de como essa relação pode ajudar na ampliação da visão de todos...
O treino foi intenso, “Semente do jogo de Angola”, e trouxe noções de saídas, visão de jogo, superação de certos vícios do corpo, equilíbrio, resistência, etc.

Preparação do corpo

Negativas

Meia Lua

Chapa de Frente

Tesoura


O Contra Valmir mostrando a Bananeira

equilíbrio

E mais equilíbrio

Invertendo os lados...

Trabalhando entrada e saída

Demonstrando

Botando em prática

Antes de iniciar "os finalmentes" com algumas negativas pra pensar, o Contra mestre colocou uma questão:
"O que está acontecendo com a Capoeira, hoje? Por que o esvaziamento? onde estamos errando ou acertando?"
Após as negativas, veio a conversa sobre a reflexão... “Ainda há muito pra se pensar, fazer, rumos a tomar, o tempo é cíclico, as estratégias precisam ser revistas, os caminhos precisam ser definidos com mais clareza, quantas questões, quanta amplitude”... "Iê Capoeira"!

Negativa (na virada de jogo)

"desce no braço..."

Resistência
(Em pé - Mathias, Contra mestres Formigão, Valmir e Guga, e a Brisa/
 Abaixados - Calça Preta Alan, Helena e Perninha)


Pra tornar a atividade ainda mais especial, tivemos também a presença de outro Contra mestre do Grupo, o Guga, que acompanhou toda a atividade e que já está em vias de acertar sua data pra fazer a vivência, como convidado orientador, também!!!
Depois do almoço, apesar de um triste contratempo (fruto dessa cidade ainda tão injusta), fomos todos para o Parque Nabuco, onde realizamos uma Roda de Capoeira!!! Por lá, já nos aguardava para somar as boas energias, os companheiros Nego Zara e seu aluno Jararaca (Grupo Filhos de Gandhi)!

Inicia a Roda (Ritual de Angola)
Berimbaus afinados, canto e mata
                                     

vadiação


Jogo de dentro, jogo de fora...

A Roda começou sob o olhar atencioso e intenso das pessoas que frequentam o Parque, e muitos ficaram por ali, cantando junto, batendo palmas, olhando admirados o entrelaçar dos corpos no jogo mandingado que só a Capoeira pode apresentar!

...Jogo bonito...

... é o jogo de Angola!

Os Contra mestres (jogo que é lição)

Orientação

"Vamos vadiar, Vamos vadiar"
Soaram alguns trovões, e o coro entoou o “Adeus, Adeus”... E lá se foi um domingo de muita Capoeira Angola, vivência, reflexão, resistência e felicidade!!!

"Reflexos da natureza na natureza da gente"

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Trabalhos abertos: 1ª Roda e 1º Sarau da Madrugada de 2013

[8 de fevereiro]
Soou o Gunga e estava dada a largada para a primeira Roda oficial do ano no núcleo Aeroporto/Interlagos do grupo Semente do Jogo de Angola. Sob o comando do Contra-Mestre Formigão, a vadiação aconteceu e contou a presença daqueles que já estavam de volta às atividades, daqueles que retornavam de merecidas férias e de visitantes que vieram apreciar o jogo da Capoeira e o nosso sarau.
A casa não estava cheia de gente, e nem ficaria mais tarde, mas estava com uma energia poderosa, especial, que fez parecer que os que estavam presentes eram exatamente os que precisavam estar. Ao longo da Roda, surgiram na porta figuras como Wagner Felipe e Rafael Emílio: parte do sarau já estava garantida.


Rafael e Perninha

Após o ‘Adeus, adeus’, outra estreia oficial do ano: o Samba de Roda! Com os violeiros da casa de volta, o samba chegou com elegância e tradição. Bateria formada, meninas caracterizadas, coro afiado e as palmas embalando o arrastar dos pés. Entre uma música e outra, mais gente começou a aparecer. A galera que garante o rap e o hip hop no Sarau da Madrugada foi chegando e aumentando a roda do samba. Quem surgiu no espaço também foi Elizandra Souza, poeta e convidada especial da noite. Chegou a tempo de correr a roda e energizar seus versos. A batucada se prolongou e iria ainda mais longe, mas o sarau também queria estrear.


Simone corre a roda

O primeiro Sarau da Madrugada do ano começou pela voz e pelo violão de Alan Zas. O Calça-Preta do grupo abriu nosso evento pré-carnavalesco com ‘Eu quero é botar meu bloco na rua’, de Sérgio Sampaio, dando o mote para os dias de folia que viriam pela frente e abrindo caminho para aqueles que também não perderam a boca se expressarem no sarau: “Faça a sua, Elizandra!”.
 E ela veio com força, dizendo logo que o que recitaria foi motivo de inquietações em outros lugares. ‘Em legítima defesa’ era o nome da poesia que não causou efeito diferente no sarau. Verso por verso, o revide violento da mulher violentada sob a vista grossa da sociedade. E o aviso constante: “vai mudar o placar”. Basta clicar aqui para conhecer o trabalho da moça e ler por conta própria a bela obra que ouvimos ali. Só adianto que vi todos os rapazes de ouvidos atentos ficarem de olhos arregalados, imaginando com dor os “varais com testículos dos homens que não sabem se comportar”.   


Elizandra Souza

Após os muitos aplausos à Elizandra, o Alan voltou e tocou uma música de sua autoria. ‘Menino Anfíbio’ foi composta em 2010, ano em que a chuva de verão caiu impiedosa e causou sérios estragos. A canção conta e canta uma história real, onde o povo, depois de ver seu apelo às autoridades ser ignorado, decidiu queimar tudo o que foi destruído em uma enchente agravada por uma obra da prefeitura. “Gente com tão pouco agora também sem chão”, que se uniu e conseguiu chamar a atenção para a tragédia.
Fred (Carioca) no “palco”! Foi um Sarau da Madrugada com menos presentes, porém com presenças ilustres.  Tocou ‘O Leãozinho’, ‘Mora na Filosofia’, e confessou que se arrepia com a energia da casa. O Alan voltou de novo e ameaçou fazer o sarau sozinho, caso o povo continuasse acanhado. Elizandra se habilitou e veio dizer mais dos belos versos do seu livro ‘Águas da Cabaça’. Não foi à toa que os exemplares disponíveis para venda fizeram sucesso, com direito a autógrafos. Veio Rafael Emílio, para matar a saudade e manter a tradição: 100% de presença nos saraus até agora. Abriu com Tim Maia e tocou algumas de suas canções, do álbum ‘Mãe Natura’. Teve Felipe Firmo também! Mandou músicas próprias e empolgou. “Foi a televisão que te ensinou a escrever Brasil com Z”. Noite dos compositores.  


Alan, Perninha e Carioca

A bateria do violão falhou. O Felipe até foi buscar o dele em casa, mas o intervalo de ausência foi a deixa para incentivar os envergonhados a se aventurarem. Alan puxou com ‘Berádêro’, a Nayla recitou uma poesia que escreveu e gravou para o CD do Rafael Emílio, a Elizandra leu uma sobre mulheres no futebol de várzea, e o Carioca fez as vezes de jornalista e emendou uma mini entrevista com a poeta, para tentar entender a origem de tamanho talento. Israel, que veio com a Elizandra, também aproveitou a pausa no violão para se apresentar: “escritor às vezes, MC em tempo integral”. Versou bonito!
O violão do Felipe chegou e os violonistas reassumiram o posto. O Wagner Felipe, figura cativa do nosso sarau, deu sua canja e manteve linha das composições próprias. Depois fez uma com o Alan e, sem aviso, começou a tal da Jam Carnavalesca do Semente. ‘Baianidade Nagô’, ‘Avisa Lá’, ‘Frevo Mulher’, e foi que foi. Os que começaram a pular primeiro puxaram os outros. Já era sábado de Carnaval.
Mais tarde o clima voltou a ficar tranquilo. Carioca cantou, Nayla e Rafa fizeram dueto, e a Elizandra recitou um poema de versos tão cantados que já começaram a ser musicados pelo Rafael Emílio ali mesmo. E foi ela quem finalizou o sarau, com o dia já claro, com ‘Cuscuz de tapioca’. Aos sobreviventes, café da manhã na padaria.
Café da manhã dos sobreviventes, no Bandeirantes

O primeiro Sarau da Madrugada do ano teve ares de Carnaval. Começou sem pressa, pegou fogo do meio para o final, e terminou sereno, com cara de descanso. E não é assim que a folia se sucede? Obrigada pela energia, notívagos! O próximo está logo aí, dia 1º de março. Voltamos para o esquema inicial e os saraus vão rolar toda primeira sexta-feira de cada mês. E, para quem quiser aparecer antes, ver Roda de Capoeira e Samba de Roda, estamos lá toda sexta-feira, a partir das 20h.
Quem chega para somar está em casa. Até breve!


Rafael e Perninha


Fabi, Vitória e Andressa


Nayla e Perninha

Matias e Alan

Nayla

Pati

Samba de Roda

Samba do Semente


Wagner, Elizandra, Felipe Emílio, Nayla e Andressa

Bambas! Simone e Contra-Mestre Fábio Formigão

Eveline e Wagner

Elizandra e Rafa Emílio

Gabriella Bispo

"Adeus, adeus, boa viagem"

Andressa e Gabriella

'Águas da Cabaça', de Elizandra Souza

Wagner Felipe e Alan Zas

Alan e Elizandra

Fred (Carioca)



Alan e Perninha

Perninha, Rafael Emílio e Alan



Pati com seu 'Águas da Cabaça' garantido 

Felipe Firmo

Felipe Constantino e Felipe Firmo

Israel ("escritor às vezes, MC em tempo integral")

Felipe Firmo


as visitantes: Ana Lúcia e Caroles

Gabriella e Andressa

Microfone e espaço sempre abertos para compartilhar cultura

Marcelo com seu 'Águas da Cabaça'

Felipe lendo os versos da Elizandra

Autógrafo da Elizandra no 'Águas da Cabaça' do Wagner

Contra-Mestre Formigão e Calça-Preta Alan

Wagner Felipe

Elizandra autografa seu livro para o Rafael

Andressa e os versos de Elizandra

Wagner Felipe e Pati


"Carnavalizar"

Elizandra Souza

Perninha

Rafael Emílio


Gabriella e Wagner

Rafael Emílio

Andressa na percussão


Marcelo é de casa!rs

Elizandra

Marcelo e Elizandra

Café da manhã no Bandeirantes

Eveline, Wagner e 'Águas da Cabaça'